vácuo

--

Silêncio.

Vazio no peito, no ventre e no gesto.

Eu falo, mas não sou ouvida.

1, 2, 3 vezes. O olho está na tela.

Eu calo e sou esquecida.

A conversa vem dentro daquilo que já nasceu morto.

Ninguém fala e hoje em dia, nem o digitar faz barulho.

“Quer conversar?” 1, 2, 3 vezes.

Serei ouvida ou o silêncio ensurdecedor de olho-tela selará o vácuo da distância performática da ruptura?

Quente, a lágrima começa a molhar o travesseiro ao toque do primeiro ronco, todas às noites há dias.

--

--

neurose y palavras.
neurose y palavras.

Written by neurose y palavras.

escrevo como quem manda cartas de amor.

No responses yet