point of return.
coloquei o café na xícara e passei manteiga no biscoito
a fome sumiu
o desejo que invade meus pensamentos e estômago é que volte…
que eu volte para casa que já é sua para pedir implorar e chorar pedindo pra voltar.
acordei às 4:45h porque sonhei que dormia ao seu lado
virei pra te abraçar e abracei o travesseiro e abri os olhos chorando
a dor invadiu meu peito e incinerou minha cabeça com pensamentos
e o dia nem havia raiado!
quis colocar o tênis que você me deu sob uma das tantas promessas que não pudemos cumprir
meu fone favorito que também foi um presente seu
para correr até sua casa escutando todas as músicas mais românticas que me lembram você
abrir o portão e bater na sua porta
para saber se você abriria para mim
e aí eu diria todas as juras de amor que passaram pela minha cabeça
enquanto eu corri até você
arquitetando para uma história de amor de tantos filmes que já vimos
que minha adolescente sonhou viver
e que você me disse que viveu parte da vida esperando esse amor
numa tantas das nossas madrugadas acordados onde secretávamos segredos desejosos um para o outro.
e se você abrisse a porta
eu te abraçaria e com promessas vãs deitaria ao teu lado para chorar todo esse amor fantasioso que dói em meu peito
dizendo que só tenho me sentido em casa quando estou nos teus braços
e choraria com desespero toda consciência do perigo de ser assim
confesso que devolvi as chaves por medo de um rompante desse.
se não fosse de madrugada
se eu não tivesse medo
eu teria ido
teria sim.
