olha aqui pra mim
por favor, uma migalha de atenção
eu não quero outra atenção, só a tua… só agora
a amarra da monocultura afetiva fantasmagórica me envolve e joga dentro de um lugar que já conheço
eu evito, mas é estranhamente familiar
me sinto envergonhada quando vejo que caí na armadilha que me foi ensinada
desço escorregando ao fundo do poço monogâmico sem nenhuma interrupção da realidade em que busco viver
escorrego
abraço de conchinha a raiva que sinto de situações que eu nem sei se existem de fato, mas minha cabeça montou o cenário e caí feito uma patinha
doeu e levantei todas as minhas nuralhas e coloquei espinhos em todo lugar do meu corpo mesmo sabendo que pode não existir ou que se existir a possibilidade da coisa que minha mente inventou… não é sobre mim!
eu só queria um pouco de atenção e não soube como pedir
certa ou errada, encaro de frente (e envergonhada) o circo montado pela insegurança que me empurraram goela à baixo