estruturas.

neurose y palavras.
2 min readJul 3, 2020

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Caralho! É a coisa mais difícil de modificar, mesmo em terapia… As estruturas estão ali e você sabe que precisa romper com aquilo que te faz mal, mas como que faz?

Sinto que agora entrei de cabeça na análise e não dá mais pra escapar. Eu fujo e convivo eternamente empacada com o que eu já sei sem saber como modificar ou eu luto, caio, me levanto batendo a poeira e sigo em frente.

Bom, tem duas (ou mais) semanas que eu caí e caí feio. E eu ando sem a menor noção do que fazer com o que eu tô sentindo.

O silêncio e a angústia voltaram a serem meus companheiros diários, e voltei a fumar. Dessa vez com uma redução de danos menor, resolvi optar pelo kumbaya e não maconha… O que eu considero um grandíssimo avanço nessa caminhada.

O silêncio e o mau humor andam lado à lado. Considero uma das coisas mais difíceis de controlar e lidar e é exatamente por isso que me mantenho quieta. Antes eu me isolava, mas na condição pandemica que estamos inseridos, não me dá esse luxo… Mas não é impossível estar isolada no meio de tanta gente.

Essa semana, eu senti uma tristeza e uma dor tão desgraçada que só pensava em morrer. Não teve um único dia em que não pensei em tirar minha vida. Quando me sinto desse jeito, busco tatuar porque a dor anestesia a dor do peito. Ou transar, mas nem o sexo anda tendo êxito nessa anestesia.

Não tem como tatuar e pela primeira vez na vida, eu fiz algo que talvez seja o escape para isso… Dói na pele, mas alivia a dor do peito.

Não me orgulho e como estudante de psicologia, tenho conhecimento das consequências sobre esses atos. Mandei a teoria à merda e fiz mesmo assim.

Hoje, eu só queria um filme, conchinha e tentar conversar sem exalar tristeza, rir e me sentir viva sem andar descalça pelos meus caminhos da dor.

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Written by neurose y palavras.

escrevo como quem manda cartas de amor.

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