dois cafés.
eu nunca soube fazer café só pra mim.
a água, o pó e o açúcar são sempre o dobro do que seria necessário. achei que era a necessidade de ter alguém pra dividir a produção comigo.
a insistência de sempre pedir para alguém me acompanhar ao tomar um café se esvai após o primeiro contato astral.
o café se mistura com o cheiro da arruda e com o tremor do corpo de uma alma antiga.
ainda não sei muito, estamos nos conhecendo agora mas finalmente entendi que a velhinha que sempre esteve à espreita nos meus sonhos e no dia-a-dia é ela.
o café de hoje é na minha xícara e no copo de ágata com uma vela firmada pra agradecer a companhia de sempre.
a benção, vovó!
adorei as almas! ✨