Carta aberta ao amor da minha vida.
“Oi, meu amor.
Como você tem passados os dias de descanso? Espero que tenha se divertido e desopilado.
Em uma conversa com um dos meus amores, disse uma frase que me chamou atenção:
ela é o amor da minha vida.
Sim, é o amor da minha vida. A conheci como qualquer filme clichê água com açúcar: no primeiro dia da faculdade.
E, como qualquer filme de romance, tivemos nossos imbróglios e complexidades no decorrer do tempo. Com o tempo, a gente se ajustou, se entendeu, se acolheu e se amou mais do que nunca.
Ela é um dos vínculos mais bonitos que pude cultivar nessa vida. É alguém essencial e completamente linda.
É alguém que eu esperei escutar Goela Abaixo dividindo um fone meio falhado numa tarde na biblioteca da faculdade e ali me senti amada e invencível. Nada me afetaria naquele momento, só viver aquele momento lindo e potente de afeto. Lembro de ter dito que queria ter um amor correspondido que pudesse dedicar Intimidade e ser transbordada porque ficamos maravilhadas com o que a poesia nos causou.
Ontem, esse álbum fez 5 anos e me perguntei quando foi que o tempo passou tão rápido que não percebi que conheço o amor da minha vida há tanto? Essa memória fez aniversário, como tantas outras fizeram.
A troca de afeto, de afago, de experiências, de encanto e frustração da vida é via de regra com ela. Ela quem me acompanha e me incentiva a ser sempre mais e me mostra o quão sou capaz de existir plenamente. Ela sempre me deixou ser quem sou e isso me conquistou com facilidade.
Me acompanhou e me apanhou do fundo do poço tantas e tantas vezes que nem saberia dizer quantas com exatidão. Ela é quem me acompanha e sempre esteve ao meu lado. Gostaria de poder retribuir pelo menos uma partezinha de tudo que ela é para mim.
Descobri que ela é o amor que eu dividiria a vida com tranquilidade e facilidade, a gente sempre brinca que no final das contas seremos nós duas velhas e ranzinzas com 5 gatos numa casa cheia de plantas meio mortas. Quando essa ideia surgiu na minha cabeça, me dei conta de que o amor que eu queria dedicar a música era ela. E eu o fiz.
Em junho de 2022, escutei Liniker cantar nossa música ao vivo e gritei: Tácia, eu te amo! E me desmanchei em lágrimas com a mão no peito trazendo a memória de nós duas rindo e cantando juntas, escutando minha preta cantar a nossa música.
O amor da minha vida tem nome, sobrenome, uma história potentíssima e um olhar muito lindo sobre a vida.”
